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“Porque até os teus irmãos e a casa de teu pai, eles próprios procedem perfidamente contigo; eles mesmos te perseguem com fortes gritos. Não te fies deles ainda que te digam coisas boas” (v.6).
Jeremias não foi o primeiro e nem o último na Terra a questionar a prosperidade dos ímpios. O famoso Salmo de Asafe sobre o problema da “prosperidade dos perversos” (Sl.73:3) também ilustra esta queixa e o perigo de torná-la em pedra de tropeço espiritual: “Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos” (Sl.73:2). Em sua missão solitária e mal compreendida, Jeremias ainda tinha de lidar com pessoas que faziam questão de tornar evidente a sua prosperidade em contraste com a vida difícil do profeta. Tornou-se alvo constante de insultos e desprezo e nem a sua própria família era digna de confiança. Jeremias viveu um prenúncio do que assegurou o apóstolo Paulo: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2Tm.3:12).
De forma respeitosa, mas sincera, Jeremias abriu o coração a Deus: “Justo és, ó Senhor, quando entro Contigo num pleito; contudo, falarei Contigo dos Teus juízos. Por que prospera o caminho dos perversos, e vivem em paz todos os que procedem perfidamente?” (v.1). A realidade era a de um povo que tinha Deus nos lábios, “mas longe do coração” (v.2); que não tinha consideração pela criação de Deus, de forma que, por causa de sua maldade, pereciam “os animais e as aves” (v.4). A resposta do Senhor, contudo, abriu os olhos do profeta para um futuro ainda mais difícil. Aquele sofrimento não era nada comparado ao que estava por vir, com a invasão de Jerusalém pelos babilônios.
Creio que estamos vivendo momentos decisivos da história deste mundo. Os acontecimentos dos últimos anos têm intensificado os sinais que apontam para o advento de Cristo, “como a mulher grávida, quando se lhe aproxima a hora de dar à luz, se contorce e dá gritos nas suas dores” (Is.26:17). Temos vivido dias de tensão econômica, política e sanitária ao mesmo tempo em que líderes mundiais discutem maneiras de congregar o mundo em um sistema unificado, alegando ser a solução para a paz mundial e para os problemas ambientais e climáticos.
Enquanto isso, Satanás trabalha com afinco através de seus agentes na obra de destruir a humanidade. Nada disso, porém, pode ser comparado ao que está por vir, como descreveu o próprio Jeremias: “Perguntai, pois, e vede se, acaso, um homem tem dores de parto. Por que vejo, pois, a cada homem com as mãos na cintura, como a que está dando à luz? E por que se tornaram pálidos todos os rostos? Ah! Que grande é aquele dia, e não há outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será livre dela” (Jr.30:6-7).
Se como Jeremias, estamos fatigados “correndo com homens que vão a pé”; “Se em terra de paz não te sentes seguro” (v.5), que dirá quando chegar o tempo de “grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais” (Mt.24:21)! Por mais que estejamos enfrentando dias difíceis, em que “não há paz para ninguém” (v.12), é agora o tempo de fortalecermos a nossa fé no firme fundamento da Palavra de Deus, crendo que Jesus estará conosco “até à consumação do século” (Mt.28:20).
Pois está chegando o tempo em que se cumprirá na Terra o que foi predito pelo profeta Ezequiel: “tão certo como Eu vivo, diz o Senhor Deus, ainda que Noé, Daniel e Jó estivessem no meio dela, não salvariam nem a seu filho nem a sua filha; pela sua justiça salvariam apenas a sua própria vida” (Ez.14:20). Será um tempo em que cada um responderá apenas por si mesmo, conforme o que buscou viver. Sobre isso, reforça Ellen White: “Apenas os que forem diligentes estudantes das Escrituras, e receberam o amor da verdade, estarão ao abrigo dos poderosos enganos que dominam o mundo. Pelo testemunho da Bíblia estes surpreenderão o enganador em seu disfarce. Para todos virá o tempo de prova. Pela cirandagem da tentação, revelar-se-ão os verdadeiros crentes” (O Grande Conflito, CPB, p.630).
Amados, se como Jeremias somos incompreendidos até pelos que mais amamos, devemos, como o apóstolo João, nos achegar ao peito de nosso Salvador (Jo.13:25) e nEle descansar de nossa lida diária. A nossa segurança e fortaleza está em obedecermos ao Seu áureo conselho: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Mt.26:41). “Mal compreendem os que pecam contra Deus”, continua a irmã White, “que devem sua própria vida aos poucos fiéis a quem se deleitam em ridicularizar e oprimir” (O Grande Conflito, CPB, p.636).
Portanto, meus irmãos, não percamos o foco de olhar para Cristo e cumprir a missão que Ele nos confiou. Lembremos que antes de nós e de uma maneira incomparável foi Ele perseguido, maltratado e ferido. Em nosso sofrimento, olhemos para a cruz e lembremos que assim como ela não foi o fim, mas a solução, se confiarmos na perfeita justiça do nosso Senhor e Salvador, logo participaremos de Sua vitória. Assim, amados, “nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado” (Testemunhos Seletos, v.3, CPB, p.443).
Senhor, não é fácil lidar com perseguições e rejeições, principalmente quando estas procedem dos mais próximos. Tu bem o sabes. O Senhor nos criou para o relacionamento Contigo e uns com os outros. Tão-somente ajuda-nos a ficar satisfeitos com a Tua companhia, crendo que, muito em breve, estaremos para sempre com o Senhor e com a família do Céu, que viverá em paz pelos séculos eternos. Prepara o nosso caráter para habitar com o Santo e com os santos. Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Bom dia da preparação , fiéis servos de Deus!
Rosana Garcia Barros
#Jeremias12 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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