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“Não confieis em palavras falsas, dizendo: Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este” (v.4).
Você já ouviu a frase: “Placa de igreja não salva ninguém”? Pois é, ela está certa. Não salva mesmo. Porém, pode indicar o caminho. Eu explico: É como no trânsito. Quando estamos em uma estrada, as placas que indicam a velocidade máxima, as curvas sinuosas ou a possibilidade de haver animais na estrada não podem nos livrar de acidentes, mas podem nos indicar a forma mais segura de trafegar pelo caminho a fim de evitá-los.
O templo de Jerusalém era o orgulho da nação judaica. Sua magnífica estrutura denotava imponência e enchia o coração do povo de uma falsa segurança. Eles haviam perdido o foco. O templo indicava a salvação, mas ele não era a salvação. Trocaram o Senhor do templo pelo “templo do Senhor”. Seus corações se tornaram endurecidos por uma religião formal enquanto continuavam a praticar abominações (v.10). Seus delitos, porém, estavam diante dos olhos da Onisciência: “Eis que Eu, Eu mesmo, vi isto, diz o Senhor” (v.11).
Após censurar energicamente os escribas e os fariseus, “tendo Jesus saído do templo” (Mt.24:1), Seus discípulos aproximaram-se para mostrar-Lhe não somente a beleza do templo visto de fora, mas também que ainda não haviam compreendido o que Ele acabara de declarar aos líderes judeus. Deslumbrados com as construções do templo, receberam um verdadeiro “balde de água fria” com a resposta de Jesus: “Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada” (Mt.24:2).
Quando depositamos a nossa confiança em fazer parte de uma igreja e em participarmos ativamente de seus serviços, pensando: “Estamos salvos” (v.10), direcionamos a nossa adoração para a edificação, e não para “o Arquiteto e Edificador” (Hb.11:10). A igreja deve ser um instrumento que liga o pecador a Deus e nos aponta para o que Ele deseja que façamos: “Dai ouvidos à Minha voz, e Eu serei o vosso Deus, e vós sereis o Meu povo; andai em todo o caminho que Eu vos ordeno, para que vos vá bem” (v.23).
Mas “Que é isso” (v.9) que acontece? Entrar em um lugar onde deveria reinar a verdadeira adoração, o amor e a união e transformá-lo num “covil de salteadores” (v.11) que não se preocupam com a presença de Deus, nem tampouco uns com os outros é, no mínimo, incoerente. Porque a vida de Jesus e Suas palavras incomodaram tanto os líderes religiosos da época? Porque Ele não veio com a missão de adulá-los, mas de salvá-los. E a maior barreira que impede a ação do Espírito Santo na vida de alguém não é apenas uma vida de pecados declarados, mas uma vida de pecados não confessados.
Acredite: quem está fora da igreja e admite estar errado está em melhor condição do que o “crente” que está dentro da igreja com pecados acariciados. Como escreveu Ellen White: “Desprezamos o alcoólatra, e dizemos-lhe que o seu vício vai excluí-lo do Céu, enquanto o orgulho, o egoísmo e a cobiça geralmente não são condenados” (Caminho a Cristo, CPB, p.21).
O Senhor não foi insensível ao dizer ao profeta para não interceder pelo povo (v.16), nem tampouco estava desmerecendo a importância da oração intercessora. Ele estava apenas revelando, por Sua onisciência, a dureza do coração dos filhos de Judá. Enquanto continuassem confiando “em palavras falsas” (v.8), ao invés de confiar na palavra do Senhor por intermédio do Seu profeta, continuariam a transgredir a Sua lei “tranquilamente” sem sentir a sua urgente necessidade de atender “à voz do Senhor” (v.28).
Hoje, corremos o perigo de cair na mesma cilada maligna, vivendo uma religião de “faz de conta”, negando o chamado de Deus de andar “em todo o caminho” que Ele nos ordena para o nosso próprio bem (v.23). Oh, amados, é hora de despertarmos do “vale encantado” da sonolência e clamarmos pelo poder do Espírito Santo! Em conhecer a Deus e andar com Ele está a vida eterna!
Hoje, o templo do Senhor somos nós (1Co.6:19); e se a nossa segurança estiver nesse corpo mortal e corruptível; se resistirmos à obra modeladora do Espírito de Deus; se o nosso eu toma o lugar do Único que deve ser adorado, corremos o perigo de ostentar um status de salvo enquanto estamos completamente perdidos. “Começando de madrugada” (v.13) Deus nos fala e nos chama para praticarmos a Sua justiça (v.5), que se resume em amá-Lo e amar o nosso próximo (v.6). Se nós O ouvirmos e atendermos ao Seu chamado, certamente não seremos “igrejeiros”, mas voluntários na obra de salvar vidas. E, dentro em breve, Ele nos levará para habitar em Sua Casa, “para sempre” (v.7).
Nosso Deus e Pai, não estamos vivendo uma realidade diferente daquele tempo, pois eis que o Teu povo tem permitido tantas coisas comuns serem misturadas ao que deveria ser santo em Tua casa e neles mesmos. Perdemos a noção do que seja santidade ao Senhor, e ainda assim não reconhecemos o nosso pecado! Oh, Deus Eterno, começando de madrugada, fala conosco através da Tua Palavra para que não façamos parte da “geração objeto do Seu furor” (v.29), e sim do Teu restante fiel que, pela graça de Cristo, pratica a justiça, “cada um com o seu próximo” (v.5). Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Feliz semana, igreja do Deus vivo!
Rosana Garcia Barros
#Jeremias7 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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