Reavivados por Sua Palavra


ISAÍAS 30 – COMENTÁRIOS SELECIONADOS by Jeferson Quimelli
23 de dezembro de 2023, 0:50
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1744 palavras (destaques em azul)

1 Ai dos filhos rebeldes. Isaías ainda tem em mente a invasão de Senaqueribe, quando Rabsaqué zombou de Ezequias por confiar no Egito (2Rs 18:19, 21; Is 36:4, 6). Este capítulo mostra que um grupo considerável de Judá era a favor da aliança com o Egito. Em vez de voltarem para Deus e confiarem nEle, esses covardes se rebelaram contra Deus e buscaram o auxílio dos pagãos. CBASD, vol. 4, p. 222.

À sombra do Egito. Uma terra de sol quase constante e pouca sombra. Nessa época, o Egito era fraco e incapaz de prestar ajuda efetiva contra a Assíria. Poucos anos depois disso, o Egito foi invadido pelos exércitos de Estar-Hadom e Assurbanípal (ver vol. 2 [CBASD], p. 27). O grupo de Judá que era favorável do Egito e que lhe pediu conselho a Deus porque sabia que estava agindo contrariamente à Sua vontade. Ao entrar na terra prometida, Israel foi proibido de fazer aliança com osso povos vizinhos (Êx 23:32, 33; Dt 7:2; Jz 2:2). Quando Josué fez aliança com os gibeonitas, ele o fez sem pedir o conselho de Deus (Jz 9:14). CBASD, vol. 4, p. 222, 223.

3 Em vergonha. O Egito era uma nação fraca nessa época (ver com. do v. 2). Senaqueribe zombou dos judeus por terem procurado uma nação que não podia ajudá-los, e declarou que a “cana esmagada”do Egito furaria as mãos de qualquer um que se apoiasse nela (Is 36:6; 2Rs 18:21). CBASD, vol. 4, p. 223.

Estão em Zoã. Uma cidade construída no braço que passava por Tânis do Nilo, identificada com a atual vila de Tsân el-Agar, na parte ocidental do delta, CBASD, vol. 4, p. 223.

Hanes. É a Heracleópolis no banco ocidental do Nilo, cerca de 90 km ao sul pelo oeste de Mênfis. CBASD, vol. 4, p. 223.

Todos se envergonharão de um povo Isto é, “por causa de um povo”. A aliança com o Egito só produziu vergonha. Suas promessas de ajuda se provaram inúteis, pois isso provocou a ira da Assíria sobre Judá. Foi a aliança de Oseias com o Egito e sua recusa de pagar tributo à Assíria que, em alguns anos antes, moera Salmaneser contra Samaria (2Rs 17:4-6).

6 Nesta mensagem solene, o profeta retrata vividamente a viagem vergonhosa dos emissários, com jumentos e camelos carregados de presentes, no caminho pelo Neguebe e pelo deserto do Egito para buscar ajuda de uma nação da qual Deus os havia libertado. A terra pela qual passaram era desolada, habitada por animais selvagens, víboras e serpentes venenosas. CBASD, vol. 4, p. 223.

7 Gabarola que nada faz. O Egito prometeria ajuda, mas, na verdade, não faria coisa alguma quando seu auxílio fosse necessário. CBASD, vol. 4, p. 223.

Escreve-o num livro […] para sempre, perpetuamente. A verdade que Isaías estava prestes a declarar não era importante só para aquele momento. Nela havia uma lição para gerações futuras (ver 1Co 10:11). […] Aqueles que abandonaram o Senhor e buscaram a ajuda do Egito estavam na verdade se voltando para Satanás, ao fazerem isso, buscavam em vão por socorro, pois Satanás era um inimigo derrotado, que não podia sequer salvar a si mesmo. A mensagem a ser escrita num livro é dada imediatamente. CBASD, vol. 4, p. 223.

9 Povo rebelde. Israel tinha seguido Satanás em sua rebelião e guerra contra Deus. Como seus pais, antes deles (Jo 8:44), tinham se refugiado na mentira (ver com. [CBASD] de Is 28:15). CBASD, vol. 4, p. 223.

10 Profetizai-nos ilusões. Quando foi expulso do Céu, o único objetivo de Satanás era enganar o mundo (Ap 12:9). Ao praticar o engano, o povo de Judá estava seguindo o diabo. Ele escolheram ignorar os profetas de Deus, cujas mensagens eram sempre mal recebido as. Tanto se desviaram da verdade que estavam satisfeitos com o erro, e desejavam mensagens que os fizessem se sentir confortáveis em seus errosCBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 4, p. 223.

11 Apartai-vos. Eles sabiam que Isaías era um profeta verdadeiro, ma não queria nada com ele nem com Dos. A simples ideia de santidade os enchia de ressentimento e de ódio. CBASD, vol. 4, p. 223.

12 Pelo que. O povo, isto é, a maioria deles, não ouviria, ma as palavras de Isaías testemunhariam contra eles no dia do juízo. CBASD, vol. 4, p. 224.

Na opressão e na perversidade. Esses ímpios oprimiam o fraco e então se vangloriavam do que faziam. A justiça e a disposição de ouvir a razão caracterizam os verdadeiros filhos de Deus. Com sua recusa arrogante de ouvir as palavras de Isaías, esses ouvintes réprobos deram prova da justiça da sentença pronunciada sobre eles. CBASD, vol. 4, p. 224.

13 Prestes a cair. Uma barriga num muro alto mostra que ele está prestes a cair. CBASD, vol. 4, p. 224.

14 O vaso do oleiro. Uma vez quebrado em pedaços, um vaso de barro jamais pode ser emendado para uso. Assim seria com os homens ímpios de Jerusalém. Total destruição os aguardava.  CBASD, vol. 4, p. 224.

Sen nada lhes poupar. Ou seja, Ele não terá compaixão.  CBASD, vol. 4, p. 224.

15 Em vos converterdes e em sossegardes. A única esperança de Judá era abandonar o caminho do mal e se voltar para Deus. Ao fazer isso, encontraria confiança, descanso e paz. Ao buscar a força humana, encontrara apenas destruição, problemas e derrota. Mas a confiança em Deus traria paz, tranquilidade e força. CBASD, vol. 4, p. 224.

16 Sobre cavalos. A Assíria tinha introduzido a cavalaria, e os judeus confiavam nesses animais a fim de resisti-la. Isaías declara que os cavalos seriam úteis apenas para facilitar a retirada. Na antiguidade, usava-se o cavalo quase que exclusivamente para a guerra. CBASD, vol. 4, p. 224.

17 Pela ameaça de apenas um. Deus tinha prometido que, se fossem fiéis, cinco deles perseguiriam cem, e cem perseguiriam dez mil (Lv 26:8). Porém, por causa da perversidade de Jacó, a bênção prometida se inverteria. Durante a época de Isaías, Piakhi, do Egito (ver vol. 2, p. 36, 62 [CBASD], se jactou de que com a ajuda de seu deus, Amor “muitos darão as costas a alguns poucos, e um derrotará mil”. Contudo,  em tom de zombaria, Isaías proclamou que quem fugiria seriam as forças do Egito, nas quais os réprobos judeus estavam depositando sua confiança. CBASD, vol. 4, p. 224.

19 Habitará em Sião. Estas palavras consoladoras dirigidas aos habitantes de Jerusalém foram muito apropriadas para o período de ansiedade e angústia que e seguiu à queda de Samaria e ao cativeiro de Israel. Assegura-se aos habitantes de Sião que não sofreriam o mesmo destino de seus vizinhos do norte. Deus ouviria seu clamor e os salvaria, bem como à cidade (ver Is 37:21-36). CBASD, vol. 4, p. 224.

20 Pão de angústia. Esta predição se cumpriu durante a invasão de Senaqueribe a Judá, quando somente Jerusalém permaneceu. CBASD, vol. 4, p. 224.

Não se esconderão mais. Os juízos prestes a cair sobre o país faria parecer que Deus o tinha abandonado (ver Sl13:1; 83:1; etc.). Finalmente, os mestres fiéis de Judá, Isaías e seus companheiros, seriam reconhecidos, e sua fé, recompensada. Eles e suas mensagens seriam vindicados quando Deus livrasse Jerusalém. CBASD, vol. 4, p. 224.

21 Ouvirão. Deus lhes daria a direção do Espírito Santo para guiá-los no caminho reto e corrigi-los quando estivessem para se desviar. Todos que desejam podem ouvir o “cicio tranquilo e suave”CBASD, vol. 4, p. 224, 225.

22 Imagens esculpidas. Com temor a Deus, Ezequias e os fiéis de Judá destruiriam as imagens esculpidas e todos os monumentos de idolatria (ver 2Cr 31:1). Esses objetos de adoração seriam descartados como completamente inúteis. Assim como os perversos habitantes de Jerusalém não queriam nada com o Santo de Israel (Is 30:11), tampouco o remanescente fiel desejaria ter alguma relação com a idolatria. CBASD, vol. 4, p. 225.

24 Forragem com sal. Literalmente, “forragem miss”ou “forragem úmida”, isto é, “mistura”, supostamente um tipo superior de alimento para o gado. Os bois e jumentos que lavravam a terra teriam o melhor alimento. […] A ideia era de que haveria abundância. CBASD, vol. 4, p. 225.

Forquilha. Instrumento para separar a palha do trigo (ver com. [CBASD] de Mt 3:12). CBASD, vol. 4, p. 225.

25 Correntes de águas. Isaías contempla ribeiros nas montanhas e montes, normalmente secos e sem vegetação. Mesmo os lugares mais improváveis produziriam colheita abundante. O profeta previu uma época áurea na qual a terra seria restaurada à sua beleza e fertilidade originais. CBASD, vol. 4, p. 225.

 No dia. Isto é, o dia em que Deus subjugaria todos Seus inimigos […]. CBASD, vol. 4, p. 225.

Caírem as torres. As torres fortificadas que guardam os muros das cidades inimigas cairiam […]. CBASD, vol. 4, p. 225.

27 Nome do Senhor. Deus Se levanta para defender a causa de Seu povo sitiado […] É Cristo quem leva o nome de Deus (Êx 23:21). CBASD, vol. 4, p. 225.

Cheios de indignação. O tempo da indignação divina será o das sete últimas pragas (Ap 15:1, 7; 16:1). Quando vier novamente, Cristo matará os ímpios com “o sopro dos Seus lábios (Is 11:4), com chamas de fogo (Sl 50:3; 97:3; 2Pe 3:10). CBASD, vol. 4, p. 225.

28 Torrente que transborda. A ira de Cristo é retratada como torrente que inunda, que a tudo arrasta (ver Is 8:8). CBASD, vol. 4, p. 225.

Para peneirar as nações. O trigo deve ser separado da palha (ver com. de Mt 3:12; 13:38-40).CBASD, vol. 4, p. 225.

Um freio. A figura muda, e as nações são retratadas como controladas por um poder que as impele à destruição contra a própria vontade. CBASD, vol. 4, p. 225, 226.

29 Festa santa. É provável que seja a Festa dos Tabernáculos, no outono, quando se colhiam os frutos (Lv 23:34, 39-43; Ne 8:14-18). CBASD, vol. 4, p. 226.

30 Sua voz majestosa. Numa linguagem bastante simbólica, Isaías descreve a derrota dos exércitos assírios (ver v. 31). Usa-se linguagem similar em outras passagens para descrever eventos da segunda vinda de Cristo (Ap 16:18-21; 19:15). CBASD, vol. 4, p. 226.

31 Assíria. No tempo de Isaías, a Assíria era o maior inimigo de Judá. Esta previsão aponta para a destruição do exército de Senaqueribe (ver Is 37:36). CBASD, vol. 4, p. 226.

32 Cada pancada. […] cada pancada do juízo divino sobre a Assíria seria recebida com cânticos de vitória e regozijo por parte do povo de Deus. CBASD, vol. 4, p. 226.

33 fogueira. Referência a um local de queima no vale de Hinom, no sul de Jerusalém (ver Jr 7:21-32). Bíblia de Estudo Andrews.

Mais uma vez menciona-se a destruição do exército de Senaqueribe em linguagem simbólica (ver com. do v. 30). Este nome foi dado ao vale de Hinom, ao sul de Jerusalém, onde seres humanos, em especial crianças, eram sacrificados a Moloque (ver com. [CBASD] de 2Rs 16:3; 23:10; Jr 7:31; cf. Jr 19:6, 11-13 [especialmente nos dias de Manassés – filho de Ezequias-, que se julga ter assassinado Isaías em instrumento de tortura, de acordo com a tradição judaica]). Esse lugar se tornou símbolo do fogo dos últimos dias. A transliteração grega do termo heb. ge Hinnom (vale de Hinom), Genna, é sempre reduzida como “inferno”, no NT (ver com. de 5:22). Neste caso, a “fogueira” é o lugar onde os inimigos do Senhor serão consumidos pelo fogo (ver Is 33:14; Hb 12:29; Ap 20:9). CBASD, vol. 4, p. 226.


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