Filed under: Sem categoria
“Porquanto Davi fez o que era reto perante o Senhor e não se desviou de tudo quanto lhe ordenara, em todos os dias de sua vida, senão no caso de Urias, o heteu” (v.5).
A história dos reis de Israel e de Judá ilustra bem a trajetória da nação após tornar-se uma monarquia. De todas as nações da Terra, Israel era a campeã em brigar consigo mesma. Esta rivalidade fica bem evidente no capítulo de hoje. “Houve guerra” (v.6) entre os reinos do Norte e do Sul, e foram estabelecidas alianças políticas entre eles e os reinos pagãos. Tudo o que o Senhor havia condenado como errado e abominável era justamente o que o povo fazia, seguindo após os seus líderes imprudentes.
Em meio às trevas da idolatria e da apostasia, o Senhor suscitava “uma lâmpada em Jerusalém”, “por amor de Davi” (v.4). Asa foi o primeiro rei de Judá a promover uma verdadeira reforma no meio do povo. Eliminou os ídolos e objetos de culto, “tirou da terra os prostitutos cultuais” (v.12) e depôs a rainha-mãe de seu cargo dignitário, destruindo a imagem do poste-ídolo que ela havia erigido. Enquanto Judá avançava no reinado estável de Asa, Israel sofria as consequências de um trono sem dono. Infelizmente, veremos em nosso estudo do segundo livro de Crônicas que mesmo o rei Asa não perseverou em sua fidelidade a Deus. Por isso precisamos, hoje, mais do que nunca, atentarmos para a necessidade de perseverança, pois, como disse Jesus: “É na vossa perseverança que ganhareis a vossa alma” (Lc.21:19). “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Ap.14:12).
Sem sucessão de um rei ungido do Senhor, o reino do Norte tinha a sua coroa incerta. Cada rei que assumia o trono temia constantemente por sua vida e de seus descendentes em meio ao risco iminente de uma traição. Quanto a Judá, havia uma promessa de um Deus infalível, de modo que mesmo com a apostasia de vários de seus monarcas, o Senhor continuava cuidando do Seu povo por amor a Davi. Davi tornou-se o modelo de rei estabelecido por Deus, e, seu coração, a norma espiritual de intimidade com Deus. Não fosse o seu pecado contra Urias, e seu testemunho teria sido de uma força inabalável.
Diante da realidade de que “muitos são chamados, mas poucos, escolhidos” (Mt.22:14), não vivemos mais no contexto de uma nação territorial, mas de uma nação espiritual que precisa despertar para a urgente necessidade de fazer o que é “reto perante o Senhor” (v.11), de ter um coração perfeito, “totalmente do Senhor” (v.14), através de uma vida de comunhão e constante dependência da graça divina. E não existe a menor possibilidade de que isto aconteça sem que haja uma mudança real e progressiva. Pois não há como amar a Deus e permanecer do mesmo jeito. As obras da carne devem dar lugar ao “fruto do Espírito” (Gl.5:22). Porque “os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências” (Gl.5:24).
Asa não se limitou em fazer somente ele mesmo o que era correto diante de Deus, mas compreendeu a sua responsabilidade como líder em promover um reavivamento e reforma no meio do povo. Há quantos anos, amados, temos ouvido o mesmo clamor dos “profetas” modernos de que precisamos despertar de nossa letargia e viver e pregar, de fato, as três mensagens angélicas? Quanto tempo mais achamos que o Senhor irá tolerar toda a violência, crueldade e licenciosidade que este mundo tem promovido? Como o Egito no passado sofreu as consequências em não dar ouvidos às palavras do profeta de Deus, este mundo está às portas de sofrer os resultados do juízo vindouro. E o que temos feito, meus irmãos? Simplesmente nos tornando “obesos” da verdade, enquanto não nos importamos com aqueles que perecem de inanição na mentira? Ou nos conformado com uma mensagem branda que não nos chama ao arrependimento? Precisamos lembrar das primeiras palavras de Cristo em Seu ministério terrestre e que norteavam toda a Sua pregação: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc.1:15).
Há um Rei que está prestes a Se apresentar diante do trono do Pai para reclamar os que são Seus. À Sua frente há uma obra prestes a terminar e, em Seu coração, uma saudade que dói, desde que o pecado entrou no mundo. Eu creio que Jesus espera por nós muito mais do que nós esperamos por Ele! Ele espera que escutemos o brado: “Eis o Noivo! Saí ao Seu encontro!” (Mt.25:6), e despertemos do sono da letargia erguendo bem alto as nossas lâmpadas acesas, cheias do óleo do Espírito Santo. Por amor a Davi, Deus cumpriu a Sua promessa. Por amor ao Seu remanescente, a derradeira promessa se cumprirá e breve veremos o nosso Salvador nas nuvens vindo nos buscar, pois a respeito de Suas palavras, Ele mesmo afirmou: “Estas palavras são fiéis e verdadeiras” (Ap.22:6). “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt.25:13). Vigiemos e oremos!
Bom dia, escolhidos para a salvação!
Rosana Garcia Barros
#1Reis15 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
1 Comentário so far
Deixe um comentário
Eu amo ler as reflexões do Reavivados por sua palavra, são muito edificantes! Por muito tempo que os acompanho e está virando tradição, passando de mãe para filho :). Louvado seja a Deus! Deus abençoe o projeto de vocês!!
Comentário por Soraya de Almeida Souza 15 de novembro de 2022 @ 5:19