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“O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará” (v.13).
Temos uma ideia superficial acerca do pecado e creio que o estudo de todas estas ofertas específicas deixe isso bem claro. Em um mundo secularizado e domesticado pelo relativismo, o pecado foi transformado em peça de museu no acervo de um contexto religioso ultrapassado. Desde que as leis dos homens não sejam violadas, o conceito do que é certo e do que é errado depende do ponto de vista de cada um. E até mesmo as leis que dantes asseguravam o mínimo de justiça e de moral estão sendo modificadas a fim de atender os desejos de uma sociedade que cada vez mais se torna escrava da “liberdade” que pretende defender.
Somente através das lentes do Céu, conseguimos visualizar o perfil do pecado e identificá-lo como “fake” de um inimigo que joga cada vez mais sujo. E se tem uma estratégia maligna que tem dado muito certo é a de incutir na mente humana que o diabo é uma lenda e o pecado não existe. Esta mentira tem destruído famílias e enfermado a humanidade. Na ausência de um padrão ou modelo correto a ser seguido, o homem, falível e corrupto, tem sido transformado à sua própria imagem, negando a sua origem como ser criado à imagem e semelhança de Deus (Gn.1:26). Mesmo que não nos seja mais exigido todo o aparato de sacrifícios ou a restituição obrigatória, há um dever que cumpre a todo homem: “Teme a Deus e guarda os Seus mandamentos; porque isto é dever de todo homem” (Ec.12:13).
Em cada oferta oferecida, em cada sacrifício realizado, o pecador podia contemplar o resultado do pecado e o alto preço que um dia seria pago. No caso de pecados voluntários, o sacrifício tinha particular significação. Quem o oferecia sabia que ali estava porque voluntariamente anuiu com o pecado; conhecia o estabelecido por Deus como errado e mesmo assim prosseguiu em ir de encontro com a vontade divina. Esta “oferta pela culpa” (v.6) não era um escape para se cometer pecados, afinal, lá estava ela para aliviar o furor de um Deus irado. De forma alguma. De todas as ofertas estabelecidas, creio que seja a que mais revela qual seja o sacrifício agradável a Deus e o Seu infinito amor pela raça caída.
Na sequência de nosso estudo acerca da peregrinação de Israel, veremos que, por vezes, o Senhor precisou intervir no meio do povo e exterminar parte dele. Mas por que o Senhor lhes tirou a vida quando havia a possibilidade da oferta pelos pecados voluntários? Porque o Senhor não deseja a entrega de ofertas, mas a entrega do ofertante. Muitos pensavam: “Vou pecar, mas não tem problema. Depois vou no templo e ofereço uma oferta pela culpa”. Se o Senhor não tomasse uma providência, este tipo de atitude contaminaria todo o arraial. Assim como negar a existência do pecado é uma estratégia maligna, torná-lo um costume é tão maligno quanto, é pecado “contra o Espírito Santo” (Mc.3:29).
Há um fogo a arder do altar do Senhor de forma contínua. São os olhos do Salvador, “como chama de fogo” (Ap.1:14) voltados para a humanidade, declarando continuamente o Seu desejo de salvá-la. Ele deseja transformar a nossa vida levedada em “coisa santíssima” (v.17). Não permita que o pecado cauterize o seu coração. Se você está lendo esta mensagem é porque as misericórdias do Senhor se renovaram mais um dia em sua vida. Não perca a oportunidade e o privilégio de ser purificado e santificado pela verdade (Jo.17:17). “Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hb.3:15).
Bom dia, santificados pela verdade!
Rosana Garcia Barros
#PrimeiroDeus #Levítico6 #RPSP
Comentários em áudio:
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1 Comentário so far
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Amém! Muito profunda reflexão, irmã Rosana!
Comentário por Renata Chaves Estefani 16 de janeiro de 2019 @ 8:56